Não muito raro, nós seres humanos, nos sentimos inadequados aos diversos ambientes que frequentamos durante as muitas etapas de nossas vidas.
Essa sensação, muitas vezes desconfortável, ocorre devido ao nosso próprio instinto de sobrevivência. Lugares novos ou estranhos tornam nossos sentidos mais aguçados sobre uma possível situação de perigo.
Nossos antepassados costumavam usar esses instintos frequentemente para enfrentarem situações de risco, e por mais que estejamos adaptados aos ambientes social e familiar, modernos que criamos, ainda preservamos esses instintos.
Então, assim que nos adaptamos e reconhecemos o local ou a situação, como algo possível de lidarmos, sentimos que podemos permanecer seguros e logo nos desarmamos.
Porém, não são todas as pessoas que se sentem adequadas, mesmo após o reconhecimento do ambiente, seja ambiente físico e/ou social, e isso pode representar um sentido de insegurança profundo consigo mesma.
Por que me sinto inadequada?
Por mais que tentemos nos adequar ao espaço e ao ambiente que estamos acostumadas a frequentar, é chegado o momento de encararmos a realidade sobre o quanto podemos estar inseguras sobre nós mesmos, sobre quem somos, ou, sobre quem não sabemos ser. Essa parece ser uma tarefa quase impossível.
Sendo assim, encare este artigo como um convite para o conhecimento interior. Conhecer nós mesmas, nos dá a segurança e a coragem necessárias para nos sentirmos adequadas em qualquer situação.
Este fator de inadequação poderá estar atrelado a acontecimentos semelhantes conscientes ou não de seu passado ou de alguma herança familiar.
Como posso me sentir mais adequada?
A primeira dica para quem sente necessidade de se adequar é reconhecer a si mesma, considerando todos os erros e defeitos com os quais nascemos ou acumulamos durante a vida.
Ninguém é perfeito, e pode ser doloroso admitir isso um dia, mas é o caminho mais seguro e correto para todos nós.
Mas esse pode ser um processo longo, então não se apresse ou faça disso uma luta. Leve o tempo que precisar para se sentir segura em dar o passo seguinte. Coloque na mente, que o presente da transformação é certo.
“Assim que sabemos quem somos, devemos espremer os limões.”
O que isso significa?
Bem, vamos a uma metáfora, você sabe que o limão oxida muito rápido após cortado, sendo assim, imagine uma dúzia de limões sendo espremidos por você num copo de vidro.
Enquanto a sua preocupação está em descartar as cascas desses limões, a sua essência se estraga no copo. Então essa essência precisa ser descartada junto com as cascas, e você não aproveita para absorver seus nutrientes preparando um suco.
A essência da vida está na lição aprendida sobre o que vivemos. Não devemos perder tempo descartando as cascas dos limões enquanto a sua essência se perde num copo até não podermos aproveitá-la.
É importante que as lições sejam aprendidas a partir daquilo que conhecemos sobre nós. O próximo passo, então, deverá ser a aceitação.
Aceitar quem somos pode nos fazer sentirmos confortáveis em qualquer lugar ou situação que nos aconteça no mundo. E o processo de aceitação passa por fases as vezes dolorosas, outras nem tanto.
Ressignificar quem você foi, para permitir ser o que almeja tanto ser, vai te ajudar a se aceitar mais e mais. E vai se encontrar numa situação de se aceitar como é.
Verá que não deve satisfações sobre sua aparência, seus gostos musicais, o modo como se veste, ou sobre como fala.
Nessa etapa do processo de autoconhecimento poderemos aprender ainda, que o amor próprio é o mais importante de nossa trajetória. As pessoas se sentirão bem, estando ao nosso lado e convivendo conosco.
E além desse texto, preparei também, uma meditação guiada sobre o poder que as mulheres têm quando não se tornam invisíveis. Assista ao vídeo no YouTube: Meditação Guiada | Para Deixar de Ser uma Mulher Invisível.